( Deuteronômio 15: 7 ao 11; Salmo 10: 12 ao
18;Provérbios 18: 23;
Provérbios
31: 8 e 9;Isaías 3: 14 e 15;Amós 4: 1; Amós 5: 10 e 11;
Daniel 4: 27;
Lucas 14: 13 e 14.)
O meu coração
é um turbilhão,
tamanha a ansiedade,
a necessidade
de lutar pelo pão.
A dura verdade
do desemprego cruel,
do vencido aluguel;
do maldito vício
de correr a beber
a cachaça barata
quando o medo aperta,
quando a fome reclama,
com a boca aberta...
Eu tremo na esquina
da grande avenida
numa triste sina
de sofrer na vida;
de driblar a morte,
sem nenhum suporte...
Essa “dama” forte
já me trouxe corte...
Não morri por sorte!
Sorte tão mesquinha!
Pobre vida minha...
Sem ter qualquer ego,
procuro por emprego,
que me é sempre negado.
Nesse horror diário,
não posso preencher
nenhum formulário...
O Natal é chegado...
pra mim nem valeu!
No comércio enfeitado,
defendendo uns trocados,
vejo um papai noel.
Eu tão magricela,
com a fome ao meu lado,
jamais terei chance
de ser fantasiado...
No chão, um cigarro
por alguém jogado,
vem logo à boca
deste tão renegado.
A bituca termina
em minhas unhas tão feias...
esta vã nicotina
já corrói minhas veias).
E assim vou vivendo,
com o bolso furado,
sem nenhuma esperança,
sem sequer um trocado;
e sem nenhuma crença;
sem qualquer direção.
Coração pela mão,
E a cara no chão...
O que é esperança?
Que significa alegria?
O que quer dizer mesmo:
“Direito à cidadania”,
se na hora do voto
sou um cidadão,
mas na vida, de fato,
eu sou confundido
e assim me dão trato
de vadio e
ladrão?
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