sábado, 27 de dezembro de 2014

TURBILHÃO

                                                                                       

( Deuteronômio 15: 7 ao 11; Salmo 10: 12 ao 18;Provérbios 18: 23;
   Provérbios 31: 8 e 9;Isaías 3: 14 e 15;Amós 4: 1; Amós 5: 10 e 11;
                              Daniel 4: 27; Lucas 14: 13 e 14.)


O meu coração
é um turbilhão,
tamanha a ansiedade,
a necessidade
de lutar pelo pão.
                    A dura verdade
                    do desemprego cruel,
                    do vencido aluguel;
                    do maldito vício
                    de correr a beber
                    a cachaça barata
                    quando o medo aperta,
                    quando a fome reclama,
                    com a boca aberta...
Eu tremo na esquina
da grande avenida
numa triste sina
de sofrer na vida;
de driblar a morte,
sem nenhum suporte...
Essa “dama” forte
já me trouxe corte...
Não morri por sorte!
Sorte tão mesquinha!
Pobre vida minha...
                     Sem ter qualquer ego,
                     procuro por emprego,
                     que me é sempre negado.
                     Nesse horror diário,
                     não posso preencher
                     nenhum formulário...
O Natal  é  chegado...
pra mim nem valeu!
No comércio enfeitado,
defendendo uns trocados,
vejo um papai noel.
Eu tão magricela,
com a fome ao meu lado,
jamais terei chance
de ser fantasiado...
                             
                     No chão, um cigarro
                     por alguém jogado,
                     vem logo à boca
                     deste tão renegado.
                     A bituca termina
                     em minhas unhas tão feias...
                     esta vã nicotina
                     já corrói minhas veias).
E assim vou vivendo,
com o bolso furado,
sem nenhuma esperança,
sem sequer um trocado;
e sem nenhuma crença;
sem qualquer direção.
Coração pela mão,
E a cara no chão...
                       O que é esperança?
                       Que significa alegria?
                       O que quer dizer mesmo:
                       “Direito à cidadania”,
                        se na hora do voto
                        sou um cidadão,
                        mas na vida, de fato,
                        eu sou confundido
                        e assim me dão trato
                                           de vadio e ladrão?
                           
                                                                      

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

natal VERSUS NATAL

                                

     
              (  Primeira parte )
          
                João 1: 1 ao 14.


Não existe Natal sem Jesus,
pois não há Vida onde não há Luz.
O natal que ao mundo convém,
não é o mesmo Natal de Belém...

A cidade se enche de cores,
distribui-se presentes e flores;
O comércio vem nos seduzir,
para a gente comprar, consumir...

Eis a árvore com bolas e laços;
No ponteiro, o famoso noel.
Os duendes sustentam nos braços
uma faixa de “feliz natal”

E na mesa da ceia, já tarde,
digestivo não pode faltar,
pra poder se sentir à vontade
em comer, em beber, em brindar...

De manhã, zonzo e rabugento,
eis o mundo, torcendo o nariz.
Toma Boldo, e despreza o alimento...
É assim seu “natal bem feliz”...

que vai-se embora, de forma fatal...
Nem se o viu, pois que se passou mal...
Passa o ano, passa a vida, e afinal,
volta a ter-se um falso natal...

E Jesus, sempre posto de lado
mesmo sendo o anfitrião,
nem em prece se viu por lembrado,
pois o mundo não quer salvação...

                                                                                                                 
         NATAL VERSUS  natal
         ( Segunda parte)

Não existe Natal sem Jesus,
Pois não há Vida onde não há Luz.
O natal que ao mundo convém,
Não é o mesmo Natal de Belém.

Mas a nós, que já O conhecemos
como Fonte de Verdade e de Luz,
é mister que de fato saibamos
comemorar o Natal de Jesus.

Dando aos pobres não migalhas à toa,
como o rico para  com Lázaro fez...
É de Cristo quem sempre se doa
com Amor, e não com mesquinhez.

Quem não sabe amar ao seu próximo,
sempre age de forma impudica:
não apenas rejeita a Cristo,
 como assim sempre o crucifica...

Essa data foi tão deturpada...
muita fé se perdeu, se esgotou...
A virtude está desgastada,
o pecado se multiplicou.

As verdades do homem são pequenas,
pois a Luz, Essa ele rejeitou.
Continua com noel e as renas,
e os gnomos, que se acrescentou...

Óh, tristeza saber que o humano
que se diz ser “feitura de Deus”,
só tem casca, pois atrás desse pano
é pior que os piores ateus...

Não existe Natal sem Jesus,
pois não há Vida, onde não há Luz!
O natal que ao mundo convém,
não é o mesmo Natal de Belém!


“e o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça
e de verdade. E vimos a Sua glória, como a do Unigênito do
Pai.”               João 1: 14.

                                                                         23.12.1.999 
  

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

BENÇA, MÃE! BENÇA, PAI!

                   
                         
                             ( Salmo 53 )                

 Bons tempos, aqueles idos              
                Em que até filho criado                   
                Não saía de sua casa                        
              aÇodado, sem ter pedido                                 
                A bênção dos pais queridos.          
                                                                         
Mas, não há mais Fé nos pais...         
Afrouxaram a consciência                
E multiplicaram seus ais...            
!
Burlaram as LEIS DA VIDA;
Exaltaram a ciência;
Não cuidaram do indivíduo;
                      aÇaimaram sua Crença;
A família está caída...

Pulsa de longe a Esperança,
A única que ainda resta
Incólume desta matança.
!                    
                        Darwin mudou o esquema,
Espalhando heresia.
Ultrajou a Lei Suprema;
Semeou sua teoria.

                        Trouxe o materialismo,
Endossando o ateísmo.

A Escola aderiu;
Baixou guarda pros ateus;
E o mundo se dividiu, entre o
Naturalista e DEUS.
                      aÇoitaram a Criação;
Ousaram zombar da Fé;
E deu no que hoje se vê...

Fizeram do humano tão pouco...
Insultaram sua História.
Levaram a Vida à esmo...
Hoje, O CRIADOR É O MESMO!
O macaco, porém, morreu louco... 
        

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

NÃO PERDESTE O VALOR!

                           


Lucas 15: do 1 ao 7  e do 11 ao 32.)

Irmão, como estás mudado!...
Por que vejo tanto dissabor
Em teu rosto, que antes brilhava Jesus?
Por que só rugas, sem qualquer traço de Luz?

Eu me lembro da tua Alegria;
E ainda trago vivas no coração,
As Promessas que Deus te fez um dia:
Que de ti faria um canal de bênção e salvação...

“O que falo, agora não o podes compreender.
Compreendê-lo-ás depois”

Irmão, olhei há pouco teu recente retrato,
E nele, quase não te reconheci...
É o rosto de um filho em pecado,
Como esteve um dia o próprio rei Davi...

Mas O Bom Deus não retirou Sua Promessa
Que a ti um dia bem quis dar!
Irmão... Desperta do mau sono, vem depressa!
Pra outra vez Cristo te iluminar!

Para Deus, sempre serás jóia preciosa!
Sim! Somos jóias; não perdemos o Valor!
Com O Sangue do Cordeiro fomos comprados!
Pensa nisso! Volta ao Teu Salvador!

Tu bem sabes que Deus odeia o pecado,
Mas que jamais rejeitou ao pecador.
Quem A ELE retorna sincero e humilhado,
Certamente gozará dO Seu Favor!

SEU Amor Verdadeiro não se cansa.
Sofre por ti; sem nunca perder a esperança.
Assim como o pródigo para casa pôde voltar,
Teu Pai também preserva o teu lugar!

Ainda que os humanos te condenem
Como fez aquele justiceiro irmão,
Cristo que te gerou, certamente te aceita,
Revogando assim tua condenação!

“Porque há mais festa no Céu por um pecador
que se arrepende do que por muitos justos
que não precisam de arrependimento.” Lucas 15: 7
  

terça-feira, 18 de novembro de 2014

CL E Ó P A T R A

                                          CL E Ó P A T R A


                             Cleópatra Martins de Valença
                                             (09.07.49 a 22.08.84)

                               Apocalipse 3: 10 ao 12.
         
                       Chegou a aurora, depois de tantas noites!...
                        Ligeiro veio o Anjo do Senhor,
                        E arrebatou assim a alma de minha mana
                        Óutrora linda, e cheia de vigor...
                        Pra trás ela deixou este vale de espinhos,
                        Alcançando além, O Céu de esplendor,
                        Trasladou-se enfim ao seu tão bom caminho
                        Risonho e puro; e imune a toda dor.
                        Ali entoa um novo e eterno hino!
                                              Ao Senhor Jesus, 
                                                    Seu Salvador!!!                                                     

sábado, 8 de novembro de 2014

SIM! BRILHA A LUZ EM EMAÚS !

                         
            Lucas 24: 13 ao 35.

Seus passos são lentos; seus pés doloridos.
Os ombros pesados, pra frente pendidos.
Buscam respostas, esses tristes feridos.
Retornam à vila, tão desiludidos...
Estão no pó, cansados, abatidos...

O pó da velha estrada de Emaús...

Que horrenda lembrança aquela da Cruz!...
Um dia viveram no gozo da Luz.
E agora ficaram sem Ela: JESUS!

Voltam eles assim, ao antigo destino.
O medo e a agonia lhes são desatino...
Caminham e choram. São muitos seus ais...
Estão sós... Dispersaram-se dos demais...
Sem rumo, enterram os seus ideais.

Como é amarga a volta!... Não bastasse a tristeza...
O que dirão os de casa, quando os vir na pobreza,
Na angústia e também na vergonha e dor?
Viveram a buscar ao Deus de Amor,
E agora lhes sobra total amargor...
Serviram ao Mestre, abnegados;
Recordam os milagres realizados...
Abandonaram tudo para O seguir.
Mas a morte chegara, e O fizera partir...

Eis que Alguém se aproxima daqueles andantes;
Não O reconhecem mais como antes.
Que dizeis vós pelo caminho?” – é a pergunta formada.
Uma voz que jamais deveria ser olvidada!...
Assim os encontra O Dono da PAZ.
Não sabíeis vós que enfim aconteceria
Tudo o que A Santa Escritura previa?
O que sentis vós? Do que vos queixais?”

Cada som das Palavras lhes anima a alma.
A angústia é trocada por imensa calma.
Momentos de inexplicável emoção!
Insistem que com eles entre e permaneça
Na casa onde chegam, antes que anoiteça.
Há surpresa celeste no partir do pão!!!
Agora descobrem que QUEM os consolou,
Morto esteve...   MAS RESSUSCITOU!!!
? 

       SIM! BRILHA A LUZ EM EMAÚS !
          

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

SÓ O PERDÃO TRAZ A CURA!


                                 

“PAI nosso, que estás nos Céus!
...perdoa-nos as nossas dívidas,
assim como nós perdoamos
aos nossos devedores.....” 
          Mateus 6: 9 ao 15.         

Pode haver maior virtude
Encontrada enfim na vida
De uma pessoa que volta
Implorando por perdão,
Realmente arrependida?

Pode haver maior saber
Em que se ter comunhão
Rigorosa e verdadeira
Dentro da bela lição:
 que rege O Amor, que é
O grande valor do Perdão?

E, por que há barreiras então?

Perdoar é a atitude
Em oposição ao ego;
Restaura-nos a saúde
Dá visão ao que era cego.
O que antes nos ferira,
Agora nos admira!
Rosas nos traz; e não pregos!        

É, mas elas têm seus espinhos...

Verdade! Mas não nos matam...
Isto serve pra crescermos,
Tirarmos nosso orgulho
A nossa alma limparmos,
Libertando-a de entulhos.

Ao humano que perdoa,
O BEM lhe será por Coroa!

Sejamos, pois, coerentes:
Enquanto andamos na terra,
Rusgamos com tanta gente...

Humanos! Não há quem não erre!...
Um conserto, porém, esclarece;
Minimiza a ferida
À criatura ofendida.
Não vivamos a ruminar
O ódio, a amargura,...
        
POIS SÓ O PERDÃO TRAZ A CURA!


sábado, 25 de outubro de 2014

TU REJEITASTE A PAZ...

                           

( Mateus 25: 41 ao 46.)

O Relógio da Vida trabalha
Insistente, a te avisar
Que teus dias estão se passando,
E teu tempo aqui, se esgota...

Tornarás ao pó, pois do pó foste feito,
Mas a tua Alma vai se apresentar a DEUS!
E então, de que jeito ao JUIZ te chegarás?
Com as mãos cheias de dolo e de corrupção,
Mãos manchadas pelo sangue do teu irmão...
Quanto desacerto, pois que rejeitaste a Paz...

Tu caíste, e ficaste prostrado;
Tu feriste, não sentiste a dor
Do irmão, que sofrendo ao teu lado
Foi vencido, pelo teu desamor...

Tornarás ao pó, pois do pó foste feito
Mas a tua Alma vai se apresentar a DEUS.
Então, de que jeito
Ao JUIZ te chegarás?
Coração cheio de ódio e de tanto mal,
Responsável pela queda do teu igual...
Quanto desespero, pois que rejeitaste a PAZ...
Tu rejeitaste a Paz!
Por que rejeitaste a PAZ?

 “Por acaso, eu teria prazer na morte
do perverso? – pergunta o Senhor Deus. – Eu desejo que
ele se converta dos seus maus caminhos, e que viva!”
                                                                  ( Ezequiel 18: 23)

terça-feira, 21 de outubro de 2014

O P O R T U N I D A D E

                                
    
  
Oh, Preciosa, que por mim
Passas sempre tão volante!
Onde estás? Por onde andas?
Rogo-te que não te ausentes!
Tens passado tão depressa...
Um minuto, e já te perco...
Não me ouves, não me esperas,
Indomável ambulante!...
Dá-me a chance de palpar-te
Achega-te a mim, tão carente...
Deixa-me sincera abraçar-te,
E a terei, finalmente!...

                   Chegaste!

           2ª Coríntios 6: 2 
   

sábado, 4 de outubro de 2014

EU HOJE, SÓ POR DEUS

                                     

             
  (......quem se lembrou de nós em nosso
abatimento, porque a Sua Misericórdia
dura para sempre!   Salmo 136:23)

     ( Sábado de Aleluia, 14.04.2.001.)
      

Nesta tarde tão feia, tão cheia de nada,
Sem livro que eu leia, sem moda tocada,
Sem filho que eu veja, sem ter compreensão,
Me sinto uma sombra, sem corpo ou razão...

Sou um nó na garganta, uma sede sem graça;
Uma dor que não passa, uma voz que não canta...
Uma ave ferida, uma abelha sem asa,
Uma lesma sem casa, uma fera abatida...

Uma cela sem grade, uma tela sem filme,
Um mosteiro sem frade, e montanha sem cume...
Uma tarde sem brisa... Sou um sol que não brilha...
Uma velha Heloísa, sem ter corda ou pilha...

Eu sou nuvem gelada, desse céu de outono;
tenho a alma cansada, sinto um triste abandono...
Mas, Jesus, que me vê, bem fraterno me diz:
- Amo muito você, quero vê-la feliz!
 

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A MULHER CANANÉIA

                               

Mateus 15: 21 em diante.

Quando a mulher cananéia
Chegou aos Pés de Jesus,
Sua expressão era feia;
Não tinha paz e nem luz...

Sabendo não merecer
Nenhum pedaço de pão,
Ousou a Ele pedir
Pra filha libertação.

Esperando por ela, estava
Jesus, de alguma maneira,
Pois revelar precisava,
A Fé daquela estrangeira.

Não foi nenhuma maldade,
Mesmo que isso pareça.
Ele quer sim, com Bondade
Que ninguém se desfaleça...

Pois veio à Terra salvar,
Curar e dar direção
A quem O venha aceitar;
quer seja judeu ou não!

Desde o princípio Ele era,
É hoje; e sempre será!
Feliz de quem Nele espera,
Pois esse sim, vencerá!!!
                                          19.09.2.014

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

SAI DA JANELA!

                                     
Prov. 24: 33 e 34; Efésios 5: 14 ao 16.

É de outono, esta manhã que já se vai.
A calçada está molhada e vazia.
Na sarjeta, um filete de água fria
de uma chuva manhosa, que por hora cai...

Um ruído calmo vem do meu telhado.
Vejo passar na rua um cão todo molhado,
parecendo não saber para onde vai.

Ai!...
Minha coluna está toda travada...
Sofro com as dores de tantas jornadas
passadas nas minhas muitas estações...
Ligo o rádio, e ouço só chiados...
Não quero a TV dos antigos seriados,
Por ela ser hoje tela de aberrações...

Desligo.
Penso no idoso, que já perdeu seu espelho;
penso no jovem que nunca sonha em ficar velho;
Penso na criança concebida na descrença
dos corpos vazios de um homem e mulher...

Lembro meus poemas nunca lidos...
Nos meus sonhos, nunca construídos,
sempre esperando por um “ quando der...”

O relógio bate em seu compasso certo.
Seu ruído é grande neste meu deserto
de contar o tempo, sem nunca viver...

De repente, uma voz no fundo d’alma
me desperta firme, apesar de calma:
_ Sai da janela! Há muito o que se fazer!
  

sábado, 6 de setembro de 2014

EU AQUI NO PLANETA TERRA

                                 

        “ Biografia em acróstico”

Eu cheguei no planeta num dois de janeiro
Um ano novinho se me abria inteiro.

A parteira talvez se chamasse Maria.
Que parto difícil !, -- mamãe me dizia.
Um mês muito quente; estação tão chuvosa...
Isso fez-me valer o perfil de chorosa...

Não soube de pai. Esse era ausente...
O direito à vida foi o meu bom presente.

Passei por perigos; entre espinhos e flores;
Levei muitas quedas; senti muitas dores.
A Vida, porém, me erguia do chão,
Ninando-me ao colo da Sã Provisão.
E assim eu cresci, por dentro e por fora,
Trazendo lições preciosas, que agora
Aqui me inspiram a compor os meus versos.

Talvez algum dia nasça um bom crítico humano,
Estando eu presente ou não neste plano;
Rastreie meus escritos e os leve a sério;
Restaure a poesia, preserve a memória.
Assim valerá repartir minha história!

                                                            Heloísa Helena = março/ 2011

“ Obrigada, Meu DEUS, pela oportunidade da Vida!!!
   

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

RAÍZES

                                   
                                   


Rasgam no oculto a terra,
A  princípio ainda tenras.
Invisíveis, os seus dedos amparam
Zimbros e cedros.
E assim crescem as raízes,
Sem presença, sem matizes...

Riem das pedras, do escuro.
Afagam cegas toupeiras.
Incoercíveis persistem
Ziguezagueando em chão duro.
Escavando o profundo,
Suportam fortes madeiras.

Retiram na escuridão o sustento.
À  planta dão o alimento.
Ininterruptas vão.
Zênite lhes é o subchão.
E vão crescendo felizes
Sem serem vistas, as RAÍZES !!!         18.02.2012. 

domingo, 24 de agosto de 2014

THE DESCENT AND DESCENT OF MAN

                               

“.......façamos o homem ........Gênesis 1: 26.”

Terna nasceu a figura.
Horrenda e torta postura,
Enfermou a criatura.

Dobrou-se ante a loucura,
E cingiu-se de armadura.
Subiu em grande estatura,
Colidiu com a fundura...
Escolheu a morte dura,
Negou a própria ternura,
Trouxe à obra-prima rasura...

Ao  se expor à desventura,
Na mentira se segura;
Da dor faz sua fartura...

Tolhe a Fé e a Candura.
Hostil, pisoteia a lisura,
E  cospe na Escritura.

Descrente, essa alma impura
É  pedra de sepultura.
Saindo da tumba escura,
Caindo por uma fissura,
Eis o visco de paguro
Nas crostas da criatura
Tão decadente e imatura...

O ápice da travessura,
Fecunda sua  amargura...

Moteja  louca, e murmura...
A  sua vã conjetura,
Nunca lhe trará a cura...        ( THE END... fact ???) 

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

AMIZADE

“A sanguessuga tem duas filhas,
a saber: Dá, Dá!........”Provérbios 30: 15.

Amizade se traduz
numa mútua complacência,
porém, poucos, infelizmente
reconhecem sua essência.

Achamos que o amigo
tem sempre que nos servir,
aturar nossos defeitos,
parar tudo pra nos ouvir;

Pagar até nossas contas,
esconder nossas enrascadas,
e jamais nos dizer: “Não!”,
nem dar palpite em nada.

Nunca precisa de nós;
É muito bom, é perfeito!
É quase Deus cá na terra
o nosso amigo do peito!

Por isso é que dificilmente
um bom amigo nós temos,
pois de nós, também precisa,

mas receber só queremos...